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A Festa da Transfiguração no Ano da Igreja

Foto do escritor: Rev. Filipe Schuambach LopesRev. Filipe Schuambach Lopes

Neste domingo, os cristãos luteranos celebram a Festa da Transfiguração de Nosso Senhor. Na história do luteranismo, podemos perceber que não houve grandes mudanças em relação ao calendário litúrgico da igreja. Podemos destacar duas grandes alterações: a inclusão da festa da Reforma Luterana e o movimento da Festa da Transfiguração do dia 6 de agosto para o último domingo após a Epifania.

A Epifania é o período dentro do tempo pascal em que a igreja celebra a manifestação do nosso Senhor, revelando Sua glória divina. Desde a estrela dos Magos brilhando sobre o local onde o Divino estava, até o Espírito descendo sobre Jesus nas águas do Jordão, até a transformação da água em vinho no casamento em Caná, milagre após milagre, a natureza divina se une com a natureza humana para testemunhar que Jesus é mais do que apenas um homem. Jesus é o Filho Eterno de Deus em carne e sangue. A natureza divina de Jesus testemunha com o Espírito Divino: Este é o Criador! Este é o Mestre! Este é aquele a quem toda a natureza se deleita em testemunhar e servir!

E então, nada melhor do que encerrar o período de Epifania com a manifestação, aquele momento incrível na montanha, quando o Senhor manifestou sua glória, mostrando aos discípulos sua humanidade completamente iluminada pela natureza divina.

E detalhe: essa transfiguração não era como se um holofote gigante estivesse iluminando Jesus. Era como se Jesus se tornasse um holofote gigante! Como um ferro brilhando no fogo, assim a humanidade do Senhor resplandecia naquela noite no esplendor da Luz divina de sua divindade. Até mesmo suas roupas foram transformadas e começaram a brilhar, um sinal de que ele havia vindo transfigurar toda a criação para torná-la completamente nova. Para impregná-la na radiância divina.
Enquanto Pedro, Tiago e João contemplavam essa surpreendente visão, estavam olhando para algo que nunca esqueceriam. Eles o viram brilhar! João expressou assim: “cheio de graça e de verdade, e vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai” (Jo 1.14). Pedro escreveria: “nós mesmos fomos testemunhas oculares da sua majestade” (2Pe 1.16). Quanto a Tiago, ele foi martirizado antes de ter a oportunidade de escrever algo.

Colocar esta gloriosa Transfiguração de Jesus entre a Epifania e a Quaresma foi verdadeiramente um golpe de genialidade. Isso nos lembra a cada ano DE QUEM estamos seguindo até o Calvário, DE QUEM está pendurado na Cruz, pisoteando a morte pela morte! É o Unigênito do Pai, aquele que suspendeu a terra no meio dos céus, agora suspenso acima da terra. E esta glória que Ele mostra na Transfiguração não é apenas glória para Ele - é a glória que Ele veio dar a nós.

“Todos pecaram e carecem da glória de Deus” (Rm 3.23). Cristo, a Glória de Deus em carne e sangue, veio restaurar essa glória à humanidade por meio de seu sofrimento, morte e ressurreição. Ele mostrou essa glória na Transfiguração como um lembrete a todos nós para nos mostrar onde estamos indo, de como NÓS pareceremos quando partirmos deste mundo, quando ele conduzir seu povo batizado através de seu próprio Calvário para a glória da manhã da Ressurreição. “Seremos semelhantes a ele, porque haveremos de vê-lo como ele é” (1Jo 3.2). Ele “transformará o nosso corpo de humilhação, para ser igual ao corpo da sua glória, segundo a eficácia do poder que ele tem de até subordinar a si todas as coisas” (Fp 3.21).
 
Transfiguração! A festa da nossa futura glória em união com Jesus Cristo! Glória a ele para sempre!

 

-- Rev. William C. Weedon. Tradução e adaptação do post publicado originalmente em Weedon's Blog.

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