O céu é visto muitas vezes como um lugar distante com o qual os cristãos não têm contato até após a morte. O Livro do Apocalipse, entretanto, nos ajuda a ver que o céu não é uma realidade “lá em cima” e puramente “futura”, mas uma realidade acessível e presente da qual participamos através do Serviço Divino [culto]. Pois onde a Santíssima Trindade vem através de seus meios de graça e está presente, lá somos trazidos para a realidade do céu. Não é por acaso que frequentemente usamos as canções bíblicas dos anjos em nossa liturgia (por exemplo, o Gloria in Excelsis e o Sanctus) e reconhecemos que cantamos com eles:
“Portanto, com anjos e arcanjos e com toda a companhia celeste, louvamos e magnificamos o teu glorioso nome, exaltando-te sempre, dizendo...” (Conclusão do Próprio Prefácio).
O Livro do Apocalipse, por causa de suas cenas recorrentes de adoração celestial que são regularmente pontuadas por hinos de louvor, é um dos recursos mais ricos da igreja para a compreensão de adoração e culto.
A acessibilidade do céu é enfatizada no Livro do Apocalipse com a imagem da “porta aberta” (3.8, 20; 4.1). Depois que Cristo Ressuscitado aparece na ilha de Patmos e fala com João, demonstrando assim que ele é o Senhor vivo de Sua Igreja que não está ausente nem confinado a uma esfera celestial (capítulos 1-3), então João vê uma porta aberta:
Depois destas coisas, olhei, e eis que havia uma porta aberta no céu. E a primeira voz que ouvi, que era como de trombeta ao falar comigo, disse: — Suba até aqui, e eu lhe mostrarei o que deve acontecer depois destas coisas. (4.1).
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