Confessando o Matrimônio, Confessando Cristo
- Aline Lopes
- 16 de jan. de 2024
- 3 min de leitura
Observe jornais, revistas, programas de TV, e redes sociais: o casamento entre pessoas do mesmo sexo sempre está em alta. Muitos jovens veem a igualdade no casamento como a questão dos direitos civis de nosso tempo. Outros acham que é tudo sobre o amor. E, para ser honesto, muitos cristãos se sentem constrangidos diante desse assunto. Quase todos nós temos amigos e familiares que enfrentam questões relacionadas à homossexualidade, e os amamos profundamente. Viver juntos é comum entre nós, e nossas próprias taxas de divórcio são altas. Quem somos nós para falar? E quem quer ser rotulado ou chamado de intolerante?
Mas falar se faz necessário. Em meio à incerteza, buscamos orientação na Palavra de Deus. A Bíblia é clara: a homossexualidade é um pecado. Moisés adverte sobre isso:
“Se também um homem tiver relações com outro homem, como se fosse mulher, ambos praticaram coisa abominável; serão mortos; o seu sangue cairá sobre eles." Levítico 20.13
E o apóstolo Paulo reforça em sua carta aos Romanos capítulo 1 (v18-32), de fato, o pecado tem consequências (1 Co 6.9-11). Mas então, a homossexualidade é pior do que qualquer outro pecado? Aqueles que ficam com raiva estão sujeitos a julgamento, e aqueles que têm desejos cometem adultério em seus corações (Mt 5.21-30). Na verdade, pecado é pecado, e todos estamos contaminados por algum pecado. Diante do trono do julgamento, nenhum de nós tem base para defesa. Temos somente a Cristo.
No entanto, o casamento entre pessoas do mesmo sexo apresenta um desafio singular. Atualmente, vemos o vício sendo rotulado como virtude, e até mesmo o pecado é celebrado. Diante da pressão social, alguns cristãos são intimidados ao silêncio. Outros são tentados a abraçar o que Deus proíbe. Mas é impossível servir a dois senhores. Ao negar o verdadeiro e único significado do matrimônio, começamos a negar o próprio Cristo. Um fio é puxado, e a fé é rasgada. Cada vez mais, os cristãos sentem vergonha de falar a verdade que Deus falou, e isso não é algo insignificante. Cristo mesmo nos adverte:
“Pois quem, nesta geração adúltera e pecadora, se envergonhar de mim e das minhas palavras, também o Filho do Homem se envergonhará dele, quando vier na glória do seu Pai com os santos anjos.” Marcos 8.38
Mas então, o que é matrimônio? É prudente seguirmos a orientação do nosso Bom Pastor:
“Porém, desde o princípio da criação, Deus os fez homem e mulher. ‘Por isso o homem deixará o seu pai e a sua mãe e se unirá à sua mulher, tornando-se os dois uma só carne.’ De modo que já não são mais dois, porém uma só carne. Portanto, que ninguém separe o que Deus ajuntou.” Marcos 10.6-9
O matrimônio une um homem à sua esposa e vincula os pais aos seus filhos. Por nosso egoísmo, frequentemente fizemos confusão, mas o plano de Deus ainda é bom. O verdadeiro matrimônio deve ser valorizado e honrado entre nós.
Mais do que uma simples questão moral, o matrimônio vai ao cerne de nossa fé. O apóstolo Paulo o compara ao amor sacrificial de Cristo por sua noiva, a Igreja:
“Maridos, que cada um de vocês ame a sua esposa, como também Cristo amou a igreja e se entregou por ela, para que a santificasse, tendo-a purificado por meio da lavagem de água pela palavra.” Efésios 5.25-26
Quando confessamos o matrimônio, confessamos o Senhor que nos criou homem e mulher. Quando confessamos o matrimônio, proclamamos nossa esperança celestial, aguardando o dia em que a Igreja, “preparada como uma noiva enfeitada para o seu noivo” (Ap 21.1-2), encontrará Nosso Senhor face a face.
Muito se tem falado sobre o orgulho gay. No entanto, honestamente, nenhum de nós tem motivos para se orgulhar. Falamos como pecadores caídos para pecadores caídos. Muitos cristãos se encontram, compreensivelmente, confusos. Mas saiba que o Senhor cuida de você e que suas palavras são confiáveis. Quando defendemos o matrimônio, dizemos ao mundo: "Não me envergonho do Evangelho" (Rm. 1.16). Quando defendemos o matrimônio, nos orgulhamos daquele que sempre se levantou por nós. O mundo pode dizer coisas terríveis sobre nós, a perseguição pode seguir, mas o amor de Cristo nos impulsiona a falar. Somente n’Ele há cura para nosso mundo caído. E somente nele permanecemos seguros enquanto aguardamos o banquete de bodas (Mt. 22.1-14).
- Artigo traduzido e adaptado por Aline Bruno Lopes de Confessing Marriage, Confessing Christ, escrito pelo Rev. Dr. Peter Sacaer e publicado pela The Lutheran Witness (LCMS) disponível em https://files.lcms.org/file/preview/47ED8E44-5819-423D-B410-4F2B5B53E01A . As citações da Bíblia Sagrada são da versão Nova Almeida Atualizada (NAA), da Sociedade Bíblica do Brasil.
Comments